Resolução 339 do BC: duplicata escritural moderniza crédito
A Resolução 339 do Banco Central duplicata escritural marca a transição da duplicata em papel para o modelo digital registrado. Dessa forma, o Banco Central eleva a segurança, a transparência e a liquidez dos recebíveis empresariais, modernizando o acesso ao crédito no país.
O que é a Resolução 339 do Banco Central
Publicada em 24 de agosto de 2023, a norma define regras para emissão, registro e circulação da duplicata escritural. Além disso, integra o título à nota fiscal eletrônica, reduzindo fraudes e padronizando processos, o que fortalece o ambiente de negócios e melhora a confiança entre empresas e instituições financeiras.
Como funciona a duplicata escritural
Na prática, a duplicata escritural é a versão eletrônica da duplicata mercantil tradicional, com validade jurídica e trilha de auditoria digital. Com isso, o processo se torna mais ágil, seguro e rastreável para todos os envolvidos.
- Registro obrigatório em entidades autorizadas pelo Banco Central;
- Aceite ou recusa digital pelo sacado, simplificando o processo;
- Protesto eletrônico em caso de inadimplência, sem necessidade de documento físico.
Benefícios para as empresas
1) Mais acesso a crédito
Com o registro padronizado, os títulos podem ser descontados e cedidos com maior previsibilidade. Consequentemente, as empresas ganham mais liquidez e acesso a linhas de financiamento.
2) Transparência e segurança
O ambiente digital diminui riscos operacionais e facilita a rastreabilidade. Por outro lado, a obrigatoriedade do registro aumenta a fiscalização e reduz a possibilidade de duplicatas falsas.
3) Integração com a NFe
A correspondência entre venda e título aumenta a confiança dos agentes financeiros. Além disso, a integração com a nota fiscal eletrônica reforça a veracidade das operações comerciais.
4) Liquidez e exigibilidade
A padronização favorece o uso do título como garantia e como base para execução. Assim, a duplicata escritural ganha força como instrumento jurídico e contábil.
Impactos para factoring, securitizadoras e fintechs
A Resolução 339 do Banco Central duplicata escritural acelera a digitalização do fomento mercantil e das operações de recebíveis. Como resultado, os processos ficam mais ágeis, padronizados e com melhor qualidade de dados para análise de risco. Além disso, a modernização amplia a competitividade das factorings, securitizadoras e fintechs no mercado financeiro.
Responsabilidades e governança
O Banco Central também definiu papéis específicos para cada agente do sistema. Portanto, a governança das duplicatas eletrônicas será dividida da seguinte forma:
- Empresas emissoras: manter cadastros e dados atualizados, assegurando a integridade das informações;
- Registradoras: garantir guarda, integridade e rastreabilidade dos títulos;
- Banco Central: supervisionar e zelar pela segurança do ecossistema.
Desse modo, cria-se um ambiente de crédito mais confiável, auditável e protegido contra irregularidades.
Desafios e próximos passos
A implementação da duplicata escritural exige integrações tecnológicas e adequações contábeis. Entretanto, os ganhos de eficiência, a redução de fraudes e o aumento da liquidez tendem a superar os custos de adaptação. Além disso, a digitalização abre novas oportunidades para inovação e automação de processos.
Como avançar com segurança no novo modelo digital
Para que as empresas se adaptem à nova realidade, é fundamental revisar suas práticas de controle e governança. Por isso, seguem algumas recomendações:
- Revisar contratos e políticas de crédito;
- Mapear integrações com NFe e registradoras;
- Adequar o plano de contas e rotinas contábeis;
- Capacitar times jurídico, financeiro e de tecnologia.
Por fim, quem se adequar primeiro tende a conquistar vantagem competitiva, garantindo mais agilidade e segurança nas operações de crédito.
Quer saber mais sobre duplicatas relacionadas ao fomento mercantil? Leia também: Direito de regresso no factoring por duplicatas irregulares, um conteúdo exclusivo da Contabilizaí Bank.
Transformação digital e o futuro do crédito empresarial
A Resolução 339 do Banco Central consolida um novo padrão para o crédito comercial: digital, auditável e com maior segurança jurídica. Com isso, o Brasil dá um passo importante rumo à modernização financeira e à ampliação da confiança nas operações empresariais.
Precisa adequar sua operação? A Contabilizaí Bank apoia empresas de fomento mercantil, securitização e fintechs na implantação contábil e regulatória da duplicata escritural. Dessa forma, sua empresa garante conformidade e aproveita todas as oportunidades do novo modelo digital.
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